
sábado, 30 de janeiro de 2010
Giro pela Bienal - Parte 2

SPFW Inverno 2010 - Desfiles
Fusão entre arte, decoração e surrealismo: Essas são as palavras que definem o desfile de Samuel Cirnasck.
Técnicas de decoração como estofados e tapeçaria foram mesclados às roupas, mostrando resultados muito interessantes, como peças de alfaiataria, vestidos de festa, e até a saia mesa, que já valeu o desfile inteiro.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
SPFW Inverno 2010 - Desfiles
Maria Garcia
A coleção da Maria Garcia teve um processo de criação no mínimo incomum. A inspiração foi a década de 90, e suas respectivas bandas e outras manifestações artísticas.
Uma personagem foi criada inspirada nos álbuns da banda norte americana Cake. Seu nome é Daria (uma das músicas da banda) e a idéia era criar um guarda roupa para essa menina que é moderna e descolada, mas acima de tudo, sofisticada.
A partir daí, foram mescladas outras influências como o R&B e o hip hop, que apareceram nas formas e estampas.
Elementos do guarda roupa masculino como bolsos, capuz, palas e punhos foram mesclados nas peças de tecidos finos, como seda, renda, cetim e georgete. Os detalhes ficam por conta dos zíperes, franjas e laços.
O resultado foi uma cara mais streetwear para uma marca que costuma ser sofisticada.
Esse foi um dos desfiles que mais me conquistou nesta temporada. No meio dessa overdose de 80’s que se tornou o Fashion Rio e a SPFW, ao menos uma marca teve inspiração em outra década.
A partir de agora, tudo que é 80’s vai decair um pouco. Anos 90 é tendência certa.
E Maria Garcia soube como ninguém aproveitar essa tendência sem cair nos clichês.
SPFW Inverno 2010 - Desfiles

Maria Bonita
A grife Maria Bonita inspirou-se na obra de Lina Bo Bardi para fazer a sua coleção de inverno.
A obra da arquiteta é muito vasta, dentre elas compreende-se a casa de vidro (Instituto Pietro Maria Bardi) e até o prédio do Masp.
Fora isso, Lina sempre produziu para o teatro, cinema, artes plásticas, design de interiores e foi curadora de diversas exposições de arte. Reza a lenda que também criava suas próprias roupas e jóias.

As principais características de suas construções são o uso do concreto puro, sem que haja outro tipo de acabamento, e as tubulações e fiações aparentes.
Ou seja, a principal característica de Lina era o minimalismo com materiais simples, mas que com o conjunto da obra, tinham sua sofisticação.
É essa característica que a Maria Bonita pegou para sua coleção, que para continuar o ciclo de desfiles em locações diferenciadas, este foi realizado no SESC Pompéia, que inclusive faz parte da obra de Lina Bo Bardi.
Blocos de concreto com fendas foram construídos com recortes pregados à mão. Tramas e urdumes de feltro em diferentes cores faziam as vezes das fiações e tubulações de Lina.
Também foram muito exploradas as fendas e transparências, em recortes, tecidos segunda pele e devorês.
O ponto alto do desfile foram as sobreposições de peças com transparências e apliques geométricos.
A coleção foi simples, ao estilo de Maria Bonita, sem deixar de ser criativa e sofisticada. Neste ponto, a grife e o trabalho de Lina Bo Bardi têm muito em comum.
Cores: Preto, chumbo, concreto, cinza, mescla cinza, tons terrosos, verde bandeira, verde musgo, branco, vermelho e índigo.
Formas: Esportivas: Soltinhas e confortáveis mas sem deixar de ser femininas.
Materiais: Tecidos de alfaiataria, tules, feltros.
Acessórios: Pulseiras e broches com formas geométricas e sapatos sem salto e anabela.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
SPFW Inverno 2010 - Desfiles
Osklen
A Osklen resolveu deixar a rua e a praia um pouco de lado e apostou em uma abordagem mais conceitual.
Para o inverno, trouxe para a passarela nômades espaciais, que viajam de lá pra cá com suas roupas compartimento.

A proposta era fazer um inverno que lembrasse nossos verões, e essa cara de verão ficou por conta dos comprimentos mini e micro. Já nos primeiros looks o que foi apresentado foram maiôs e sungas.
As construções eram feitas na maioria a partir do feltro de lã, que confere a estrutura necessária para tais construções. Daí, vinham as pregas, dobraduras e tressets que faziam as mais inusitadas formas.
Das roupas, surgiam compartimentos quadrados, que ora saíam das costas e ora ficavam de lado e lembravam mochilas.
Também teve misturas de tecidos mais pesados com leves, que inclusive, funcionaram muito bem.
Cores: Preto, chumbo, café, verde, lilás, laranja, pink e cru.
Materiais: Feltro de lã, tresset de palha de seda, tricots de lã.
Formas: Quadradas e arredondadas. Os desconstruídos também estiveram bem presentes, principalmente nos tricots e nos tecidos mais fluídos.
Acessórios: Óculos de piloto, touquinha de feltro e botinha de feltro desconstruída.