
Jean Paul Gaultier no final de seu desfile dessa temporada, com influências étnicas.

Vem muita coisa nova vindo por aí: É o que se pode concluir vendo os desfiles da semana de moda de Paris. Para a nova década, são propostas novas idéias e novos rumos.
Claro que nessa semana também se viu mais do mesmo, mas até ele foi proposto de forma diferenciada e dentro das tendências que ainda estão e estarão em voga.
Listo e comento aqui os desfiles que foram destaque da semana de Paris, que fecha a temporada outono-inverno 2010.

1-Lanvin: Essa coleção de inverno foi o que a coleção da Balmain foi no inverno passado: Promete virar objeto de desejo. Com uma silhueta prá lá de moderna e com modelos que vestem bem a maioria das mulheres, a Lanvin soube traçar a mulher contemporânea da nova década, cheia de força, atitude e sensualidade. A atmosfera dark ainda impera e os ombros ainda são o centro das atenções.

2-Viktor e Rolf: A dupla do momento conseguiu propor o que muitos queriam: Provar que a roupa pode ser comercial e conceitual ao mesmo tempo. A coleção era composta de roupas transformáveis, e cada modelo na passarela, ao sair, deixava uma peça de roupa nas mãos da dupla de criadores, que iam adicionando as peças a uma modelo que não saía de cena.
No final do desfile, ela parecia um guarda roupa ambulante. A performance foi divertida e com uma proposta totalmente nova, em que a roupa ganha novas funcionalidades.
Nessa temporada em que o realismo e as peças comerciais reinam, Viktor e Rolf conseguiram manter vivo o sonho de moda, tão importante nos desfiles.

3-Pedro Lourenço: Nosso representante brasileiro conseguiu fazer bonito em sua estréia na semana de moda de Paris.
Pedro se inspirou nas características da arquitetura brasileira, principalmente a de Oscar Niemeyer.
O resultado foi uma coleção muito bem executada, com grande criatividade e muito bem comentado pela crítica.
Com certeza, Pedro Lourenço promete ser um dos grandes nomes da moda brasileira, e por que não, da moda mundial.

4-Balenciaga: Esse foi um dos grandes destaques da temporada, onde novas misturas de materiais foram propostos: estrutura com fluído, liso com textura, leve com pesado, tudo isso junto, etc.
Esse poderia ser mais um desfile com tema futurista da grife, mas tudo parece tão presente e tão próximo de nossos dias, que podemos concluir que ao menos na Balenciaga, o futurno já chegou.

5-Jean Paul Galtier: Não houve grandes novidades nessa coleção, onde o estilista resolveu conservar seu estilo (que eu particularmente amooo).
O resultado foi um mix de influências étnicas de várias partes do mundo com toda a sensualidade e exotismo de Gaultier.
As formas eram bem amplas e volumosas, mas aquele espartilho que é marca registrada de Jean Paul (virilha, cintura e busto) foi mantido.

6-Gareth Pugh: O estilto gótico próprio da marca continuou forte, mas sem as influências futuristas de coleções passadas.
O melhor ficou por conta das peças trabalhadas em couro de diversas formas, do corte perfeito acompanhando as formas do corpo e da fluidez na alfaiataria.
Com influências meio japonesas, essa coleção bem que poderia fazer parte de algum figurino do Matrix.

7- Balmain: O glam rock do inverno passado foi transformado em influências imperiais. Ou seja, do preto e prata, passamos para o dourado que reina nessa coleção, seja em bordados, lurex ou jackards. A silhueta típica da Balmain foi mantida, mas os ombros ficaram menos pontudos e mais angulosos.
Embalado por uma música hip hop, referência ao luxo e a ostentação, a Balmain mostra que quer se sofisticar.
Embalado por uma música hip hop, referência ao luxo e a ostentação, a Balmain mostra que quer se sofisticar.
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